segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tocar ou Gerenciar sua Empresa


Muitos empresários garantem que “gerenciam” suas empresas; mas o que é exatamente gerenciar uma empresa? Um bom gerenciamento caracteriza-se preponderantemente pela postura sistêmica e ativa de, profissionalmente, “Interferir” em algo para, mediante esta interferência, conquistar otimização de resultados ou ainda reversão de tendências negativas.

Já “tocar” uma empresa caracteriza-se preponderantemente pela postura não sistêmica e reativa para, profissionalmente, administrar eventos não desejados, mas comuns no cotidiano, com vistas a conquistar otimizações de resultados ou ainda reversão de tendência negativas.

Por optarmos pelo “Gerenciamento” ao invés da “Tocação”, é importante entendermos as três características de desenvolvimento e aplicação de conhecimento: a cientifica, a técnica e a artística.

A ciência não cria as coisas nem objetos: estes já existem e a ciência procura conhecê-los, explicá-los e predizer seu comportamento. Baseia-se em hipóteses, teorias, leis, modelos e postulados.

Já a técnica é complementar à ciência. Seu objetivo é manipular a realidade sem querer explicá-la ou mesmo entendê-la. Contém regras, normas e procedimentos e retroalimenta a ciência com eventuais impotências de manipulação com o atual grau de conhecimento.


A arte, por sua vez, realiza-se de forma individual, pessoal, subjetiva e vivencial para ser comunicada ou não aos outros indivíduos, sem rigor, sem quaisquer imposições, com a flexibilidade que a personalidade e o estilo de cada indivíduo impõe e com toda a captação vivencial, emocional e espiritual da realidade que o indivíduo sente, percebe e palpita.

Posto estes três conceitos, podemos nos questionar: o que seria “Gerenciar”? Uma atitude artística, técnica ou científica? Teria um bom gerente características técnicas que se sobressaiam? Ou são habilidades artísticas que fazem a diferença?

No meu ponto de vista, um ótimo gerenciamento é um misto de técnico e científico que procura postular: Quando? Em quem? Em que? Onde? Como? Com quem?

A tecnologia de um gerenciamento é dada através dos resultados e das pessoas, como pode ser observado na figura abaixo:





Estamos acostumados a presenciar empresas que buscam primeiramente a efetividade através do gerenciamento da pessoas, buscando certificações ISO’s que padronizam as atividades dos processos. Aqui é um ponto delicado, como podemos padronizar as atividades de um processo através de procedimentos sem ao menos conhecê-los? O que as pessoas fazem é redigir procedimentos limitando uma determinada área ou departamento, muito diferente do conceito de processo ponta-a-ponta.

Repare no sentido da seta na figura acima, o correto é as empresas buscarem primeiramente o gerenciamento dos resultados em busca da eficácia, para posteriormente trabalharmos na eficiência das pessoas. Com isto, almejamos a efetividade de um sistema de indicadores gerenciais.

Existem dois tipos de indicadores a serem implementados em uma organização. Os de processos (KPI’s) medem o nível de desempenho do processo, focando no “como” e indicando quão bem os processos permitem que o objetivo seja alcançado. Já os indicadores Estratégicos (geralmente conexos às pespectivas do Balanced Scorecard) medem o desempenho dos objetivos estratégicos estabelecidos pela Alta Direção, e estão diretamente relacionados ao mercado, conforme pode ser observado na ilustração abaixo:

Os indicadores podem ainda ser caracterizados de duas maneiras: drives e outcomes.

- Indicadores Drivers são gerenciados pelo esforço, envolvem ações de um único cargo para sua operacionalização efetiva e traduzem os indicadores outcomes em ações individualizadas.

- Indicadores Outcomes são gerenciados pelo resultado, envolvem ações de vários cargos compartilhadamente para sua operacionalização efetiva e dependem dos drivers para ser operacionalizados.

Vamos colocar esta teoria na prática. Quais são os indicadores outcomes para uma pessoa que está em regime? Podemos falar em taxa de evolução de peso, por exemplo, representado pela métrica: (peso anterior-peso atual) / (peso atual).

Este indicador é típico de resultado. Mas o que realmente devemos fazer para melhorar o índice deste indicador? Devemos definir os indicadores drivers, tais como, Quantidade de calorias ingeridas, KM percorridos, entre outros.

Podemos observar neste exemplo que para atingirmos o resultado do indicador (outcome) dependemos dos esforços de outros indicadores, os chamados drivers.

Agora que entendemos a importância dos indicadores para o gerenciamento de uma organização, devemos primeiramente levantar quais indicadores de processos e estratégicos serão necessários monitorar. É comum nesta etapa acontecer oficinas com os principais gestores da organização, que detêm os conhecimentos de sua área e entende os fatores críticos de sucesso para um determinado processo.

Após a definição dos indicadores, é necessário realizar um levantamento de cada informação dos componentes da fórmula. Estamos acostumados a ver constantemente em nossos projetos de mapeamento e gestão por processos que as empresas não possuem em torno de 35% das informações necessárias para este monitoramento.

Para cada componente inexistente são necessários planos de ação com o objetivo de criar rotinas que possibilitem a busca das informações para o monitoramento da performance de cada processo ou de cada estratégia.

O resultado de todo este trabalho é o que chamamos de painel de bordo (dashboard) que contém de forma agregada todos os indicadores da empresa, ficando disponível para os gestores gerenciar a empresa, interferindo ou não nas rotinas de seus processos.

Mário Sérgio Lavorenti Consultor em Gestão Empresarial – BPM Gauss Consulting Group (11) 4220-4950 - Ramal 25 (11) 94995601 linkedin.com/in/mlavorenti

sábado, 16 de abril de 2011

Pós Graduação em Gestão por Processos de Negócios


O curso de Pós-Graduação em Gestão por Processos de Negócios procura proporcionar ao estudante o desenvolvimento de habilidades e competências para a condução de projetos voltados à gestão por processos, auxiliando suas organizações a identificar, melhorar, inovar e gerenciar processos de negócio. Para isso, o estudante irá trabalhar com aspectos ligados a estratégias e a estruturas empresariais, à gestão de pessoas no processo de mudança, ao gerenciamento do projeto, à modelagem e à automação de processos.
A primeira turma de Especialização em Gestão por Processos de Negócios da Unisc está terminando o curso agora no mês de Abril. Além de um espaço para compartilhamento de conhecimentos, a turma criou uma grande rede de relacionamento de profissionais interessados em compartilhar experiências na área.
Vejam alguns comentários dos estudantes:
A estudante Michelle (da Empresa Influir, Aracaju - Sergipe) comenta que: “No começo é sempre difícil pela forma e recursos inovadores, mas aos poucos fui dominando as técnicas e definindo um plano de estudo". “As disciplinas têm uma sequência lógica, com professores seguros, organização e dedicação da equipe da Unisc, além do excelente conteúdo do material didático”, acrescentou ela.
Rafael, do Instituto de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação, também mostrou bastante entusiasmo em relação ao curso. "Minha expectativa aumenta a cada mensagem que leio dos colegas. Acredito que o sucesso de um empreendimento depende da dedicação dos envolvidos, fato que empolga neste curso", salienta.
Para o aluno Leandro da empresa Efimax Management, é bom participar de um grupo onde todos contribuem com informações brilhantes. “Esse fórum está com alto nível", comenta.
Para a aluna Iara, assessora de projetos e gestão da Câmara de Deputados, as leituras sugeridas para a disciplina, assim como a videoaula, foram muito interessantes. “Esse apoio foi importante por conseguirem expressar, de maneira ordenada e didática, uma série de questões com as quais lidamos no dia-a-dia", relatou.
O curso é direcionado para pessoas graduadas, profissionais interessados em empreender projetos ligados à implantação da Gestão por Processos, debatendo e descobrindo como a gestão e a automação de processos podem agregar real valor aos negócios da empresa, tais como:
- Profissionais que desenvolvem projetos relacionados à modelagem de processos, contemplando a identificação, mapeamento, análise e redesenho;
- Profissionais que buscam alinhar a TI à visão de negócios;
- Demais profissionais que desejam aprimorar conceitos e práticas na área de processos de negócios.
Qualquer dúvida você pode contatar as Coordenadoras do curso: Simone Pradella (E-mail) e Daniela Bagatini (E-mail).

Contatos: Luís Carlos Dick
Analista Comercial
Assessoria para Educação a Distância
(51) 3717-7664 / (51) 9843-4105
UNISC - Universidade de Santa Cruz do Sul
[Nota Máxima na avaliação do INEP/SESu/MEC: Conceito 5.]

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A influência das redes sociais na manutenção da gestão por processos

Cada vez mais populares, seja por motivos pessoais ou profissionais, os usuários das redes sociais crescem a cada dia em todo o planeta. Você certamente já recebeu os seguintes questionamentos: “Qual o seu twitter ?”, “Você tem facebook ou orkut ?” ou “Por que não atualizou seu dados no Linkedin?”. As constantes atualizações realizadas pelos usuários de determinadas redes sociais, tais como: Twitter, Linkedin, Orkut, Facebook, Blog, etc., demonstram a rapidez e facilidade pela qual você pode se comunicar com um parente, encontrar um amigo distante que você perdeu o contato na infância ou até mesmo se envolver afetivamente com pessoas. Essas facilidades, de alguma forma, desperta o interesse de todos os participantes em estar sempre antenados no que ocorre entre as diversas atualizações e novidades geradas de acordo com as informações apresentadas pelos seus diversos usuários, proporcionando uma interação muito grande entre os participantes e curiosidade em  estar sempre presente nas ferramentas disponíveis.
Transferindo essa nova onda entre as pessoas que utilizam as redes sociais, podemos fazer um link para as empresas interessadas na gestão por processos, ou seja, para a realização de um trabalho de excelente qualidade onde o mapeamento se torna inevitável, assim como uma redefinição dos processos existentes, identificação e implementação de melhorias, a manutenção e constante atualização das atividades realizadas é um dos grandes gargalos na fase pós projeto. Eis que surge a seguinte dúvida: “E para as empresas que já adotam a gestão por processos, como é realizada esta manutenção?”.
O exemplo de prática mais comum que vise a manutenção da gestão orientada por processos são os Escritórios de processos, que atuam na incisiva visão de processos dentro da companhia, sendo o elo entre as gerências de processos e a alta administração, integração entre os gestores de processos e treinamento dos funcionários envolvidos, alem de assegurar o uso adequado da metodologia praticada pela organização. Todavia, por que não implementar outras formas de manutenção da gestão por processos? Por que não introduzir mecanismos mais sofisticados como ferramentas em prol dos processos? Por que não o “Orkutório, Facetório ou até Twittório de processos”?, Belos e sugestivos, são nomes ainda fictícios, porem é um link que podemos fazer para manter os processos sempre atualizados e divulgados.
Traduzindo, os usuários das redes sociais são todos os funcionários de uma organização onde cada um possui o seu perfil e responsabilidades; as redes sociais seriam as ferramentas para manutenção dos processos atualizados e divulgados (seja por ferramenta adquiridas no mercado, seja por plataformas desenvolvidas pelos gestores e donos de processos); e os posts nas redes sociais nada mais são do que as atualizações e divulgações das manutenções realizadas.

Tendo em vista a forte concorrência pela qual todas as empresas enfrentam no dia a dia, manter-se conectado ao mundo dos negócios com agilidade nas informações (assim como nas redes sociais) pode fazer a diferença! 

Para tirar suas dúvidas, escreva para Júlio Datílio
Siganos no Twitter: @blogdobpm

Autor
Júlio Datílio
Consultor em Gestão Empresarial

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A importância dos indicadores para administrar suas finanças

A preocupação com as finanças pessoais é natural para a grande maioria das pessoas; e muitos são os casos de inadimplência no Brasil, afinal já virou senso comum dizer: “quem não faz dívida não cresce”. Escrevo hoje para alertar sobre os riscos do endividamento pessoal sem controle. Afinal de contas, quantos de nós temos estes controles de maneira detalhada e objetiva? Poucos são os que sabem administrar as próprias finanças. Para este fim recomendo uma literatura bastante útil e de fácil entendimento: Investimentos: Como administrar melhor seu dinheiro, de Mauro Halfeld. Além de elucidar as ideias sobre as melhores maneiras de investir, o autor nos ensina detalhes de como podemos controlar a nossa situação financeira com simples indicadores.
Para começar devemos primeiro realizar um balanço patrimonial, que nada mais é do que um registro da situação financeira de alguém ou uma empresa:


O balanço patrimonial mostra uma fotografia da situação atual da empresa/pessoa. Entretanto, a pergunta mais difícil de responder é: para onde está indo o seu dinheiro? Responder essa questão é muito simples: devemos construir um relatório de Receitas e Despesas do mês, que será a melhor opção no controle dos gastos:


Agora vamos construir os indicadores, que é o nosso principal objetivo (afinal tudo que medimos conseguimos priorizar). Construiremos os seguintes indicadores:

1)

É ideal que o índice de Liquidez fique acima de 1, caso o contrário significa que as suas dívidas a curto prazo superam os seus ativos de curto prazo e isso pode gerar problemas;

2)

Esse índice nos mostra o resultado de quantas vezes o nosso ativo consegue cobrir as nossas despesas mensais (neste caso por 7 meses). A sugestão é que este indicador nunca fique abaixo de 6 - assim, caso você perca o seu emprego, terá 6 meses de cobertura sem a dependência de bancos ou instituições financeiras (juros);

3)

Esse índice mostra que 46% do ativo está financiado. O ideal é manter este índice próximo de zero, ainda mais com as altas taxas de juros;

4)

Este é o percentual que sobra para investimento. Manter este índice elevado é fundamental para atingir a tão sonhada independência financeira.  Pra quem não possui um plano de previdência é ideal incrementar este índice.
Com os indicadores acima podemos mensurar a situação atual de nossas finanças e traçar metas para atingir nossos mais diversos objetivos financeiros, desde comprar um novo aparelho eletrônico, até fazer uma reforma ou comprar um apto na praia.

Autor
Alan Honorato Moreira
Gestor de tratamento de dados
Gauss Consulting Group
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twitter.com/alanhmoreira

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